Vítima de racismo, tortura e cárcere privado por elementos da guarda patrimonial da Universidade Federal do Ceará - UFC
Nós, do Instituto de Estudos e Pesquisas
do Movimento Operário – IMO/UECE, repudiamos o ato de racismo, cárcere privado
e tortura sofrido pelo estudante de Ciências Sociais Luiz Fernando de Lima
Teixeira, 19 anos, nas dependências do Campus do Pici da Universidade Federal
do Ceará.
Luiz Fernando foi
sistematicamente agredido, violentado em sua dignidade humana, sofreu tortura
física e psicológica. Essa, infelizmente, é a realidade da população negra,
especialmente da juventude, nesse país de raízes históricas escravistas
coloniais que perpetua o racismo em suas práticas cotidianas e não questiona o
quanto dele está difundido em suas instituições.
Nesse sentido, a
Universidade Federal do Ceará tem a obrigação de combater práticas racistas em
suas dependências sejam elas práticas de funcionários, professores ou de
estudantes, bem como de oferecer toda a assistência para Luiz Fernando.
Consideramos importante a postura da Comissão de Direitos Humanos em se
pronunciar contra o ocorrido, mas que a Reitora também o faça.
O racismo é central para a lógica
econômica de exploração da classe trabalhadora pelo sistema capitalista e não é
tolerável que não questionemos essa estrutura e os desdobramentos na vida de
cada ser humano. Nós, do IMO, nos colocamos à disposição e nos somaremos às
fileiras dos atos de repúdio e de apoio a Luiz Fernando.
Instituto do Movimento Operário
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Fortaleza, 21 de junho de 2019
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