domingo, 4 de agosto de 2024

Bertha Lutz: expoente feminista e líder movimento sufragista no Brasil

Bertha Lutz – Wikipédia, a enciclopédia livre
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   Há 130 anos, em 2 de agosto de 1894, nascia a bióloga, diplomata e educadora brasileira Bertha Lutz. Expoente da luta feminista no século XX, Bertha foi uma das principais líderes do movimento sufragista no Brasil, tendo uma atuação de grande importância para a conquista dos direitos das mulheres. Ela foi a segunda mulher a ocupar o cargo de deputada federal no Brasil e representou o país na convenção que deu origem à ONU. Destacou-se ainda como cientista, atuando como pesquisadora do Museu Nacional e contribuindo para a descoberta e catalogação de novas espécies de anfíbios.

     Bertha Lutz nasceu em São Paulo, filha da enfermeira britânica Amy Fowler e do médico brasileiro Adolfo Lutz. Seu pai é reconhecido como o pioneiro da medicina tropical e da epidemiologia. Ele foi diretor do Instituto Bacteriológico de São Paulo e ajudou a combater doenças como febre amarela, hanseníase e malária. Bertha cursou as primeiras letras em São Paulo e concluiu o estudo primário no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1908, acompanhando o pai, nomeado pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz. Em seguida, transferiu-se para a França, acompanhada da mãe e do irmão, Gualter Adolpho, a fim de dar continuidade aos estudos.

    Interessada pela ciência desde a infância, Bertha ingressou no curso de Ciências Naturais da Universidade de Paris. Durante a graduação, a brasileira teve os primeiros contatos com o movimento feminista. Também fez amizade com a enfermeira Jerônima Mesquita, que seria sua futura parceira de luta pelos direitos das mulheres. Formada em 1918, Bertha regressou ao Brasil e passou a trabalhar como assistente de seu pai na Seção de Zoologia do Instituto Oswaldo Cruz.

     Em 1919, Bertha tentou participar de um concurso público para o Museu Nacional, mas teve sua inscrição barrada por ser mulher. Ela recorreu então à Justiça e apresentou uma recomendação de Rui Barbosa, conseguindo autorização para se inscrever. Bertha foi aprovada em primeiro lugar no concurso e se tornou a segunda mulher a ser admitida no serviço público do Brasil. Foi nomeada secretária do Museu Nacional, tornando-se posteriormente pesquisadora da instituição.

Fonte: @pensar_historia Instagram